Deus Que Dança

Negra Jaque

Então vem que tem, então vem que tem

Se eles não dormem eu conto história na ponta da minha caneta

Nessa evolução mostro que to bem

 disposta to pronta pra treta

Tudo que é de ruim eu encontro aqui

Tudo que é de bom eu consumo ai

Jogo virado tudo armado se não der pra entrar vamos explodir

Estamos no topo do jogo

Me chamou pra cena não corro

Como fênix renascemos

Nos construímos de novo

Eu já dominei os teus artifícios

Em nome de quem? Nossos sacrifícios

Desde o principio

Corremos o risco

alma cansadas no precipício

vamos bota ordem na zona

o sistema surto ta em coma

sem amaciar, sem embrasar

vamos tocar fogo na babilônia

vamos bota ordem na zona

o sistema surto ta em coma

sem amaciar, sem embrasar

vamos tocar fogo na babilônia

fogo na babilônia, tacar fogo na babilônia

fogo na babilônia, tacar fogo na babilônia

fogo na babilônia, tacar fogo na babilônia

fogo na babilônia, tacar fogo na babilônia

Enquanto isso não cansa

Mantenha a sua esperança

Reza pro santo e ora

Pois deus é uma negona que dança

Enquanto isso não cansa

Mantenha a sua esperança

Reza pro santo e ora

Pois deus é uma negona que dança

Se nós resistimos, salve a babilônia

Essa é a cena

Então vem que tem

Então vem que tem

O pão e o circo macete, seu suor sustenta o banquete?

Reclamar quem, falar com quem, a paz ta ponta dos cassetetes

Os fodas dos fodas não sabem nada

Eu sou alma bantu nas charqueadas

Lanceiros negros ocupação

meu sobrenome Rafael Braga

Canto Oliveira Silveira em todas essas querências

se o meu nome é negro o meu sobrenome é resistência

Meu canto ta em todos os lados

Manoel padeiro Luiza Bairros

Sou mãe de santo

Ângela devis reivindicando pelo trabalho

Eu sou minas livres da voluntários

Sou o gari a faxineira

Lagrima solta no central sou ambulante na feira

Eu sou Amarildo sou Claudia a dor e o suor do concreto

O que deu certo nesse Brasil de lagrimas gírias e dialetos

A nossa força é o assombro

Encontre os pretos no topo

Então vem que tem, respeite a mãe

Que a casa do rap é quilombo

A nossa força é o assombro

Encontre os pretos no topo

Então vem que tem, respeite a mãe

Que a casa do rap é quilombo

Que a casa do rap é quilombo

Que a casa do rap, que a casa do rap

Que a casa do rap é quilombo