Testi

Eram quatro e meia, passava um pouquinho O fosco clarinho rasgava o varjão Era o trem noturno que vinha apontando E logo parando na velha estação Meu corpo tremia, meus olhos molhados O meu pai do lado, e a mala no chão Beijei o seu rosto e disse na hora O mundo lá fora me espera, paizão Entrei no vagão, corri pra janela A mala amarela do velho catei O trem deu partida, soqueou bruscamente E ali novamente sua mão eu beijei Um pouco pra diante, vi minha casinha E minha mãezinha, de pé no portão Ela não me viu, e do trem, na corrida Ouvi as latidas do velho Sultão Um certo senhor, da poltrona vizinha Dizia que vinha do Paranazão E disse também, num jeito cortês É a primeira vez que deixo o sertão Pedi seu conselho, e ele me disse Seu moço, a velhice é dura demais Eu sou bem mais velho e posso aconselhar É duro ficar distante dos pais Eu nunca esqueci o que o velho falou O tempo passou, e pra casa eu voltei Quem fica distante jamais se conforma Lá na plataforma, meus pais avistei Desci comovido, abracei ele e ela E a mala amarela, meu filho? Eu não vi Meu pai, acredite na fala de um homem Pra não passar fome, a mala eu vendi Que pena, que pena, era minha lembrança Que eu trouxe de herança do seu avô Mas deixa pra lá, eu vou me esquecer A herança é você, e você já voltou
Writer(s): Jose Plinio Trasferetti, Jose Caetano Erba Lyrics powered by www.musixmatch.com
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