Noturno / Não Me Fale das Flores

Tem pra mim chamados de outro mundo As noites perigosas e queimadas Quando a lua aparece mais vermelha São turvos sonhos Mágoas proibidas São ouropéis antigos e fantasmas, Que nesse mundo vivo e mais ardente, Consumam tudo o que eu desejo aqui Será que mais alguém vê e escuta? Não, não me conte estórias de amor infinito Meu coração de criança, pode acreditar, O desencanto é maior, quando o sonho é bonito, E eu, aprendi com a vida, que não devo sonhar. Não, meu amigo poeta, não me fale das flores, Meu coração de adulto, pode duvidar Essas palavras bonitas, que escondem as dores, Que as paixões de um poeta, costumam guardar E esse adeus em suas mãos, não vai rasgar, meu coração Conheço bem o amor, paixão, um breve olhar, vira solidão. Não, não me conte estórias de amor infinito Meu coração de criança, pode acreditar, O desencanto é maior, quando o sonho é bonito, E eu, aprendi com a vida, que não devo sonhar Não, meu amigo poeta, não me fale das flores, Meu coração de adulto, pode duvidar Essas palavras bonitas, que escondem as dores, Que as paixões de um poeta, costumam guardar E esse adeus em suas mãos, não vai rasgar, meu coração Conheço bem o amor, paixão, um breve olhar, vira solidão Não, meu amigo poeta, não me fale das flores, Meu coração de adulto, pode duvidar Essas palavras bonitas, que escondem as dores, Que as paixões de um poeta, costumam guardar E esse adeus em suas mãos, não vai rasgar, meu coração Conheço bem o amor, paixão, um breve olhar, vira solidão "Que vale a natureza sem teus olhos, Ó aquele por quem meu sangue pulsa Da terra sai um cheiro bom de vida E nossos pés a ela estão ligados Deixa que seu cabelo solto ao vento Abrase fundamente as minhas mãos Mas, não: a luz escura ainda te envolve, O vento encrespa as águas dos dois rios, E continua a ronda, O som do fogo Ó meu amor, por que eu te ligo a morte?"