Operário

Punho fechado mano

Na troca o mundo me deixa pilhado mano

Maloca fudido com pouco trocado

Extasiado justiça meu but na nuca burguês safado

Ofusca o fato na busca dum tato elitizado

Estado falido quem manda é rato

Segue munindo quem é boy e fraco

Auto retrato do mais complicado

Quem corre ta abençoado

Meus manos tudo blindado

Sem espanto calmo janto o beat

12 faixa sem skip destacado

Meu mano desencano insano é

O gosto da ambição eu trilho até da pé

Visão fazendo a missão até então

Quem não botava fé contradição de perceber que nois que é

A cada passo já mais estratégico

Sem deixar rastro raciocínio bélico

Se debochado é que eu tenho crédito

Sobra escracho nesse mundo fétido

Olho pra fora e me incomoda tanto

A vida cobra eu quero agora então pra que o espanto

Passou da hora de colher o que planto

Na dispo mano é que eu Me garanto! Chato

Trampo tanto eu sou só operário

Sério, gerações de sonho nesse itinerário

Velho, que nesse ponto nóis tinha que ter um

Império, já que pro burguês nóis é o próprio, minério

Ah se o mundo fosse excelente

Como as barra que escrevo flow desenho o quadro forma a minha frente

Amor e violência nas esquinas mais potente

Se fosse um deles talvez fosse tudo diferente