Com um trabalho versátil que abrange bossa nova, MPB, música clássica e infantil, Toquinho ganhou fama nos anos 70 com composições célebres ao lado de Jorge Ben (“Que Maravilha”) e Chico Buarque (“Samba de Orly”). Uma parceria de 11 anos com Vinicius de Moraes o colocou entre os grandes nomes da MPB, compondo faixas inesquecíveis como “Tarde em Itapoã” e “Regra Três”.
• Antonio Pecci Filho nasceu em 6 de julho de 1946, na cidade de São Paulo. Durante a adolescência, influenciado por João Gilberto, Toquinho se interessou pelos estudos de violão, tendo como primeiro mestre o célebre violonista Paulinho Nogueira.
• No início dos anos 60, ao participar de competições musicais, o artista firmou forte amizade com Chico Buarque e Elis Regina. Em 1964, assumiu a direção musical da montagem paulistana de Liberdade, Liberdade, o primeiro espetáculo de protesto contra o golpe militar ocorrido no Brasil naquele ano.
• Em 1966, Toquinho lançou o álbum de estreia, O Violão de Toquinho, com versões instrumentais de sucessos da MPB como “Canto de Ossanha” e “Réquiem para um Amor”. Mas seu trabalho ganharia fama em 1971 com a composição “Que Maravilha”, na voz de Jorge Ben.
• O “Samba de Orly” foi composto em uma viagem de Toquinho à Itália em 1969 para visitar Chico Buarque, que havia se autoexilado. A letra, escrita a quatro mãos, passaria mais tarde por uma revisão de Vinicius de Moraes antes de ser lançada em 1971 no álbum Construção, de Chico.
• O primeiro trabalho com Moraes foi em 1969, mas os dois sequer chegaram a se encontrar. Ainda na Itália, Toquinho participou da gravação de instrumentais do álbum La Vita, Amico, È l'Arte dell'Incontro, com versões das músicas do poetinha em italiano. O resultado agradou a Moraes, que convidou o violonista para uma temporada de shows na Argentina.
• A relação com Vinicius de Moraes se tornaria frutífera após esse contato. A parceria musical começou com Como Dizia O Poeta… (1971), que fez sucesso com a faixa-título, “Tarde em Itapoã” e a “A Tonga da Mironga do Kabuletê”. Juntos, compuseram 120 músicas e lançaram 25 álbuns até o falecimento de Moraes em 1980.
• Nos anos, 80, Toquinho se dedicou a composições voltadas para o público infantil. Além de “Aquarela”, lançada originalmente em italiano em 1982, o repertório inclui sucessos como “O Pato”, “A Casa” e “O Caderno”.
• As décadas que se seguiram foram marcadas por álbuns solo, retrospectivas e parcerias com estrelas da MPB, com destaque para os trabalhos ao vivo Sinal Aberto, gravado com Paulinho da Viola em 1999, e Toquinho & Jazz Sinfônica, de 2021.