Octet in F, D. 803: V. MenuettoGidon Kremer, Isabelle Van Keulen, Tabea Zimmerman, David Geringas, Alois Posch, Eduard Brunner, Radovan Vlatković & Klaus Thunemann
Clareza e atenção ao detalhe são qualidades marcantes do violinista Gidon Kremer, cujo vasto repertório vai do barroco até a produção contemporânea. Kremer nasceu em 1947, em Riga, Letônia, e estudou com David Oistrakh no Conservatório de Moscou. Nas suas primeiras apresentações em países capitalistas, ele promovia a obra de compositores soviéticos contemporâneos, como Schnittke e Sofia Gubaidulina, que escreveram concertos para ele. Kremer se mudou para a Alemanha em 1980 e criou, em 1981, o Festival de Música de Câmara em Lockenhaus, na Áustria, evento que dirigiu por 30 anos. O violinista foi diretor da Orquestra de Câmara da Lituânia antes de fundar, em 1997, o Kremerata Baltica, conjunto formado por jovens músicos dos países bálticos. O repertório tradicional está bem representado na produção discográfica de Kremer, muitas vezes com algo a mais. O seu álbum do Concerto para Violino, de Beethoven, inclui cadenzas pós-modernas de Schnittke; já o álbum Astor Piazzolla: Four Seasons of Buenos Aires - Vivaldi: Four Seasons (2000) intercala os famosos concertos de Vivaldi com The Four Seasons of Buenos Aires (1965-1970), de Piazzolla. Na fase mais madura da carreira, Kremer se empenhou em promover compositores menos conhecidos do leste europeu, como o polonês Mieczysław Weinberg, cuja obra passou por um grande revival, graças, em parte, ao esforço de Kremer.