Fenômeno internacional do pop, o mexicano nascido em Guadalajara propõe uma mistura de trap, reggaeton e rap com os estilos musicais tradicionais do seu país, historicamente associados aos mariachis. A mistura leva o nome de corrido tumbado, um estilo que atravessou as fronteiras do México e faz sucesso entre jovens de todas as partes do planeta, reforçando que a língua hispânica rouba a cena, mais do que nunca, como uma força global.
O visual de Peso Pluma se aproxima do rap e guarda semelhanças com o norte-americano gangsta rap, mas Peso Pluma deixou para trás as letras sobre drogas. A idolatria por um dos maiores narcotraficantes mexicanos, El Chapo, em várias músicas – como “Siempre Pendientes” (2022) –, irritou cartéis rivais, que chegaram a ameaçar o artista. Cantando sobre mulheres, festas e bens materiais, ele é responsável por alguns grandes hits pop, como “Ella Baila Sola”, parceria com outro fenômeno do gênero, Eslabon Armado, o reggaeton “BELLAKEO”, com Anitta, e “LADY GAGA”, com Gabito Ballesteros e Junior H.
Outros sucessos incluem “QLONA”, com a colombiana KAROL G, “Bye”, sobre as dores de um término regadas a uma noite de bebedeira, e “Rompe La Dompe”, com uma sonoridade mais próxima de uma balada mariachi, com seus violões e metais, que de um trap – e ainda assim acumulou centenas de milhões de plays, um recorte surpreendente das transformações intensas no pop. É inevitável afirmar que Peso Pluma é um peso pesado da música urbana contemporânea.