O ritmo sincopado e dançante do ragtime foi uma das primeiras emanações de um diálogo entre a Europa e a África que teve os Estados Unidos como palco principal. Esse diálogo começa já no século XIX com marchinhas e pequenas variações harmônicas ao piano (as célebres "Maple Leaf Rag" e "The Entertainer", por exemplo) e deságua nos primeiros passos do jazz em solo norte-americano (sobretudo pela via do swing, que nasce como desdobramento do ragtime). Todo esse universo musical foi incorporado à cultura dos Estados Unidos e ajudou a canalizar a sensibilidade e a imaginação americana no século XX.