Embora este ousado pianista não se importe com a opinião alheia, ele é universalmente conhecido como um dos maiores intérpretes de Bach. Sua carreira ficou marcada pela gravação de duas memoráveis releituras das Variações de Goldberg: um meteórico debut em 1955 e uma profunda análise em 1981. Gould dedicou-se a outras peças de Bach, quase ignorando os românticos e deu preferência a compositores menos conhecidos da música antiga, como Sweelinck e modernistas fora de moda, como Hindemith e Krenek. Gostando ou não de suas radicais escolhas interpretativas, o fato é que a fascinante natureza de sua técnica é inegável.