As melodias e danças de salão de Johann Strauss II, com seus ritmos envolventes e cheios de energia e sua instrumentação brilhante e inventiva, continuam tão vibrantes hoje quanto em sua estreia. Este ano marca o bicentenário do “rei da valsa” de Viena, um momento perfeito para apreciar as obras que o tornaram admirado, e até invejado, por compositores como Brahms e Wagner. Mestre não apenas da valsa, mas de todo um repertório de favoritos de salão, Strauss criou polcas eletrizantes como “Unter Donner und Blitz” e “Tritsch-Tratsch”, além da divertida “Pizzicato-Polka”. Também brilhou nos palcos com sua obra-prima da opereta, Die Fledermaus (O Morcego), que, ao lado de suas danças mais célebres, se tornou um clássico das celebrações de Ano Novo. Strauss foi além, compondo Der Zigeunerbaron (O Barão Cigano), originalmente pensada como uma ópera séria e de grande escala, e cuja abertura dramática e intensa revela outra faceta de seu talento. Da exuberante O Belo Danúbio Azul à encantadora Rosas do Sul e à espirituosa ária “Mein Herr, Marquis” (chamada também de A Canção do Riso), sua música continua a encantar gerações com sua alegria contagiante.