Quando o funk ostentação deu lugar ao funk motivacional nas comunidades paulistanas, MC Marks era a pessoa certa no lugar certo. Influenciado pelo grupo de pagode do pai, o artista se descobriu ao discutir as desigualdades sociais e questões políticas. “Deus é Por Nós”, de 2020, colocou Marks em um lugar de destaque – nela, os pianos embalam versos como “Nunca deixe de sonhar”, enquanto a batida de funk torna-se um adereço reconhecível, mas não fundamental. De tal forma que o álbum de pagode, Menino de Fé, de 2024, não é uma surpresa: MC Marks é plural e todos já sabem disso.