Créditos
INTERPRETAÇÃO
Maria Bethânia
Vocais
Rosinha De Valença
Viola
Enéas Costa
Bateria
Luizao
Baixo
Tomás Improta
Piano
COMPOSIÇÃO E LETRA
Chico Buarque
Composição
Gilberto Gil
Composição
PRODUÇÃO E ENGENHARIA
Maria Bethânia
Produção
Perinho Albuquerque
Produção
Letra
[Verse 1]
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor engolir ela puta
Mesmo calada boca resta o peito
Silencia na cidade não se escuta
[Verse 2]
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira tanta força bruta
[Verse 3]
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar o grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
[Verse 4]
Esse silencio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra qualquer momento
Ver imergir o monstro da lagoa, Pai
[Verse 5]
Afasta de mim esse cálice, Pai
Afasta de mim esse cálice, Pai
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
[Verse 6]
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
[Verse 7]
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado peito resta cuca
Dos bêbados do centro da cidade, Pai
[Verse 8]
Afasta de mim esse cálice, Pai
Afasta de mim esse cálice, Pai
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
[Verse 9]
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
[Verse 10]
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça, Pai
[Verse 11]
Afasta de mim esse cálice, Pai
Afasta de mim esse cálice, Pai
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue, Pai
[Verse 12]
Afasta de mim esse cálice, Pai
Afasta de mim esse cálice, Pai
Afasta de mim esse cálice
Written by: Chico Buarque, Gilberto Gil
