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PERFORMING ARTISTS
A Família
A Família
Performer
COMPOSITION & LYRICS
Demis Preto Realista
Demis Preto Realista
Songwriter

Lyrics

Noventa e oito foi difícil pra mim
Momentos decisivos, o rap, enfim
Jovem demais, casei, fui morar junto
Então, talvez novo de mais
Pra suportar a pressão
Talvez já estava escrito
Não ia dar certo
O pior foi viver
Sem ter minha filha por perto
Você não sabe dos perrengue
Que passei sozinho
Pra muitos, um bandido
Atração do Zé povinho
Enquanto eu sonhava
Com a paz no Bom Retiro
Muitos contra mim
Renegava o próprio filho
Não pedi aplausos, naveguei contra a maré
Na maioria das vezes
Poucos transmitiram fé
Tanto pra você, guerreiro e guerreira
Que fazem das minhas loucuras
Um som sem fronteira, imagina seu filho
Sozinho na estrada, fazendo da vida
Uma dose, uma balada
Querendo ir às ruas
Querendo se expressar
E ninguém querendo ouvir
Uma letra eu cantar
Falei pra mim mesmo
No chão não vou deitar
Não importa o parente
Ausente, ele vai voltar
Pra querer saber, quanto ganho?
Onde eu vou cantar?
Aí não vou ser mais do crime
E sim representar, mas eu não gosto
Não tenho simpatia por vaidade
Abalo a cidade
Representando a simplicidade das tia
Que sonha pas crianças, Santa Ceia
Das mães que correm para tirar
Os filhos da cadeia
O gesto mais nobre das avós
Que já viveram no que vamos viver
Os oitenta elas venceram
Hip hop, também faço parte
Dessa construção, sou mestre
De cerimônia e essa é nossa celebração
E é isso que eu faço do rap nacional
Represento as quebradas
Do Brasil, fecho de igual
Arrastando mutidões a cantar
No gueto (No gueto, no gueto)
O que explode no peito
Arrastando mutidões a cantar
No gueto (No gueto, no gueto)
Vem da rua o conceito
Arrastando multidões a cantar
No gueto (No gueto, no gueto)
O que explode no peito
Arrastando mutidões a cantar
No gueto (No gueto, no gueto)
Vem da rua o conceito
Gravar um CD, cantar rap
Ser jogador de futebol
O sonho de muitos moleque
É ver o brilho do sol
Um amanhcer diferente
E não ser simplesmente um incompetente
Faça puro amor pro povo, pra Deus
Enjuria os playba
Confunda os ateus
Já em 2000, essa fase, várias fitas
Eu lembro, eu e mano Fábio
Com um projeto pa setembro
Lançar nosso CD, dois elementos em vida
Tinha futuro, pra nós a saída
Mês de agosto, descaso pra nós
A morte levou quem representava
Na voz, na porta de um bar
Num lugar tão amado
Mano Fábio pelas costas fuzilado
O sonho, um jovem
Caído igual um porco no chão
É isso que o sistema
Quer pra nossa depresão
Eu e minha vida
Meus livro, minha família
Trancado três meses lá na casa da tia
Maior deprê, quase perco o sentido
De viver, vai saber se eu mostrar
Se pá que eu vou morrer
Um som nacional
Um verso, um livro, que tal?
Me recuperar sair desse baixo astral
Vê a luz, lutar igual um monstro pra vencer
Foda-se quem quer tentar me parar
Me prender
Construí, trabalhei, realizei
Com as crianças, com as tia
Com os tiozinho, com os irmãos
De militância, e canto inspirado
No barraco e ser cantor
Sou o príncipe do gueto
E no final se apaixonou
Pela causa dos rebeldes
Que lutam em prol da plebe
Dog, a família
O grande encontro a febre
E dane-se as fraquezas mundanas
No geral, acredito mais em você
Não importa a hora e o local
Arrastando mutidões a cantar
No gueto (No gueto, no gueto)
O que explode no peito
Arrastando mutidões a cantar
No gueto (No gueto, no gueto)
Vem da rua o conceito
Arrastando multidões a cantar
No gueto (No gueto, no gueto)
O que esplode no peito
Arrastando mutidões a cantar
No gueto (No gueto, no gueto)
Vem da rua o conceito
(No gueto, no gueto, no gueto)
(No gueto, no gueto, no gueto)
(No gueto, no gueto, no gueto)
(No gueto, no gueto, no gueto)
Written by: Demis Preto Realista
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