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Credits

PERFORMING ARTISTS
Rui Veloso
Rui Veloso
Vocals
Manuel Paulo
Manuel Paulo
Accordion
Nani Teixeira
Nani Teixeira
Bass
Paulo Neves
Paulo Neves
Recorder
Dalu
Dalu
Percussion
José Manuel Fortes
José Manuel Fortes
Recorder
Manuel Costa
Manuel Costa
Drums
COMPOSITION & LYRICS
Rui Veloso
Rui Veloso
Composer
Carlos Tê
Carlos Tê
Lyrics
PRODUCTION & ENGINEERING
Carlos Tê
Carlos Tê
Producer
Fernando Paulo
Fernando Paulo
Editing Engineer
Jay Burnett
Jay Burnett
Mixing Engineer
Paulo Neves
Paulo Neves
Recording Engineer
Ian Cooper
Ian Cooper
Mastering Engineer
Mário Barreiros
Mário Barreiros
Producer
José Manuel Fortes
José Manuel Fortes
Recording Engineer

Lyrics

Cometi crime de amor à morte fui condenado Mas antes do cadafalso a um capitão fui chamado Que partia para a Guiné e me prometeu perdão Se fosse numa galé e aceitasse a missão De à sorte ser lançado na má terra do gentio Sozinho e abandonado durante meses a fio Entre o inferno e o algoz dançava meu triste fado Medi os contras e os prós e escolhi ser lançado E assim fui embarcado até às costa da Guiné E em terra fui deixado com biscoito, medo e fé Com ordem de haver língua com todas as criaturas Saber das fontes do ouro e conhecer essas culturas Fui lançado às feras O mato foi a minha casa Não havia primavera nem outono E era sempre um estio em brasa Venci as febres do mato e o veneno das cobras Cativo levei mau trato, paguei pelas minhas obras Das gentes tornei-me amigo com artes que já nem sei E ao fim de muitos meses era visita dum rei Fiz-me amante de gentia com ela juntei fazenda A vida até já sorria feliz era a minha emenda E o batel chegou um dia para saber se eu era vivo E nas areias da baía foi um encontro festivo Regressei a Portugal com ideia de ficar E ao infante contei tudo do que pudera indagar E tal foi o meu sucesso que el-rei me deu perdão Mas mandou-me de regresso e eu não pude dizer não Fui lançado às feras O mato foi a minha casa Não havia primavera nem outono E era sempre um estio em brasa Mandou-me o senhor infante em companhia de abade Que batizou toda a gente e aumentou a cristandade " Que boa colheita de almas! " disse de contente o papa Ao ver as chagas de cristo a tomar conta do mapa E em paga dos meus serviços ali fui feito feitor E eis tudo o que passei só por um crime de amor Fui lançado às feras O mato foi a minha casa Não havia primavera nem outono E era sempre um estio em brasa
Writer(s): Rui Veloso Lyrics powered by www.musixmatch.com
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