Miguel em Tempos de Violência

Miguel queria justiça no tempo da violência

Já foi polícia, isso já faz um tempo

Quando seu propósito era achar o paradeiro do assassino da sua filha

Como toda gente consumida pela vingança

Toca a campainha da mansão como uma esperança

De ser aceito onde rola poder e grana

Seu patrão se chama Eric

Gosta de artes modernas

Um ex-músico de orquestra

Que grava bandas de rock

Ele é meio esquizofrênico

Com nariz cheio de coca

Diz \"Bem-vindo, Miguel

Tu serás meu guarda-costas\"

Miguel agora tem que fazer

Trabalho sujo pra poder saber

Quem é o pilantra que terá que morrer

Miguel não quer grana, Miguel quer sua vingança

Miguel agora tem que fazer

Trabalho sujo e levantar o cachê

Quem é o pilantra que terá que morrer

Miguel não quer grana, Miguel quer sua vingança

Miguel cresce nessa vida

Com crises psicóticas

Braço direito de um idiota

Um boca suja, parte da escória

Mas que o usa como um fantoche

Mirando em frente ao portão

Mostra, mostra uma invasão

Um rapaz bem calmo aplaudindo a situação

Um ferro cromado passando de mão em mão

A noiva do Eric correndo em direção

Miguel atira bem na testa do Eric e vaga com a escuridão

O verdadeiro assassino da sua filha

O apresentador de programas policiais

Que aparecia na TV a todo momento, noticiava os jornais

Ele é culpado pelo atropelamento

Obteve um distintivo policial

Mas Miguel sabe que esse cara é o cara

Miguel agora tem que fazer

Trabalho sujo e cê sabe o porquê

Esse é o pilantra que terá que morrer

Miguel não quer grana, Miguel quer sua vingança

Miguel agora tem que fazer

Trabalho sujo e cê sabe o porquê

Esse é o pilantra que terá que morrer

Miguel não quer grana, Miguel quer sua vingança

Miguel não quer grana, Miguel quer sua vingança