Precípuo Dia Hasteado

Precípuo dia hasteado (Letra e Música Rogério Oliveira) Depois do adeus Os corações sobressaltados Ao ouvir tocar em brados A Grândola vila morena O capitão disse aos soldados Ouvi senhores há vários estados Sociais, corporativos E o nosso que dá pena Domados e condenados À longa noite amarrados Sejamos nós libertados E num levante Os capitães vão se agrupando E rumam livres os soldados Que ninguém se quer obrigado Até aos pontos já traçados Pelo movimento de comando A TV já foi tomada No rádio clube anunciado Aqui posto de comando Que seja ordeiro e brando O sangue sempre evitando E viu Lisboa Salgueiro Maia em sua glória De peito aberto a fazer história Colhendo as tropas paro o seu lado E assim por ele inspirados Com tal grandeza deu vitória Viram tanques e chaimites Com fuzis de cravo armado E já com o Carmo cercado O povo assiste pasmado Precípuo dia hasteado Abril nasceu De cravo ao fuzil amarrado E o escuro breu foi derrubado À luz e mãos do seu mais bravo Para sempre o nosso capitão E se de sangue o viu manchado Foi pela PIDE derramado Que nunca valeu um avo E enquanto o povo dá brados Fogem PIDES pelos telhados Cobardes e já borrados