Meu Corpo Vivo

Ai a tormenta da força que vigia

ai o pavor da pena por sodomia

Quis escapar desta contenda

devolver ao solo a oferenda

Cerâmica futura, assombrada

em hora fria de madrugada

Martelo, martelada

queda só caco pequenino

Daquilo que a terra imitou

o sexo em cilindro

Desenterro todo o momento

demasiado grande para arquivo

Desperta em manhã nova

o meu corpo vivo

Iluminado pelo passado

que ecoa e não está escrito

Rogo à terra por liberdade

que as tuas dores são as minhas

Rogo à terra por liberdade

que as minhas dores são tuas