Aos Olhos Claros do Espelho

Que falta fazem as cores, da foto que desbotou E do sorriso a doçura Que em minha boca se amargou... Um poema inacabado, que há muito abandonei Tal qual o beijo guardado Que por medo, não roubei. Hoje o branco do papel Se faz geada em meus cabelos. E os rios da minha infância Só eu teimo ainda em vê-los... Correm livres em meu rosto Aos olhos claros do espelho Saudade dos pôr-de-sóis Que derramavam nuances Pra nostalgia dos velhos E a ternura dos amantes... Das eternas madrugadas De luas cheias e belas Que inspiravam serenatas E suspiros às janelas... Hoje o branco do papel Se faz geada em meus cabelos. E os rios da minha infância Só eu teimo ainda em vê-los... Correm livres em meu rosto Aos olhos claros do espelho Aos olhos claros do espelho...