Testi

A justiça só é cega Quando não quer ver Quando a lei se nega A se fazer valer Para uns implacável Para outros maleável Ou até negociável Ter leis em questão É o mesmo que não Leis sem efeito, que abrem exceção Abrem precedentes à dúbia aplicação Nunca propiciarão um estado de direito Assim não se terá verdadeira nação A impunidade é um grave problema É a face mais falha da sociedade É o lado mais sujo do sistema Como é que se sente Um simples cidadão Brasileiro descontente Com a situação Eu amo o meu país E amo a minha gente Mas me sinto infeliz Eu acho deprimente Esse estado de impunidade E improbidade, uma vergonha nacional Estado de injustiça, imundice e calamidade social Eu digo não, como cidadão Eu peço justiça, peço punição Punição exemplar, justiça enfim Eu digo, não, não, não Justiça sim, impunidade não Não, não Eu digo, não, não, não Justiça sim, impunidade não Não, não Punição exemplar a todos os culpados Sem nenhuma exceção Aos poderosos, abastados Ou até mesmo ao mais nobre barão Famigerados doutores, ricos ou bacanas Sendo culpados, estejam todos em cana Parlamentares pilantras, políticos interesseiros Deputados descarados, banqueiros trapaceiros Vereadores, prefeitos, governadores e empreiteiros Corruptos, corruptores e seus fiéis escudeiros Magistrados safados, empresários salafrários Traidores da pátria, fazendo o povo de otário Punição exemplar Aos bandidos escondidos na imunidade parlamentar Fazendo falcatruas às escuras, fazendo fortuna Com o seu voto que colhem na urna E saem às ruas como se nada houvesse Ninguém lhes importuna mesmo quando enriquecem Às custas de favores escusos do clientelismo Do uso e abuso do fisiologismo E das benesses do cobiçado poder Eu digo não, não pode ser Quanto descaso, quanta omissão Quem pode, se safa O pobre é quem paga Eu peço punição, punição exemplar Eu digo, não, não, não Justiça já, impunidade não Não, não Eu digo, não, não, não Justiça já, impunidade não Não, não A legião dos excluídos vai muito mal (mal) Banidos que estão do convívio social (social) Debaixo dos barracos, pontes e sinais Não desejam mais que uma vida meramente normal Na televisão, em todos os canais Aparentemente tudo, tudo vai bem demais Logo vem outro carnaval E fica tudo bem, tudo bem no país do futebol Se rouba, se extorque, se frauda, se mata Se burla, corrompe, sonega e se escapa Sem punição, nessa terra sem lei Quem tem muita grana nunca vai em cana Bandido rico é rei, até quando eu não sei Eu quero ver Quando é que vai se fazer uma verdadeira nação Com direitos e deveres iguais pra todo e qualquer cidadão Eu quero ver, punição enfim Eu digo, não, não, não Justiça sim, impunidade não Não, não Eu digo, não, não, não Justiça sim, impunidade não
Writer(s): Fauzi Beydoun Lyrics powered by www.musixmatch.com
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