Vai

Vai

Ei, vai, vai, vai

Ei, ei, vai, vai

Vai

Vai, vai, vai

Vai

Vai, que agora é a hora de chapar de vez

Olhe lá fora e veja o número que a gente fez

A culpa é nossa, vossa, fratura exposta, mó bosta

Chora e carrega nas costas

Egoísmo é você pensar

Em si mesmo, só no singular

Cuspir no chão que você vai andar

O pior tá pra chegar, pode pá

Sua mão tem sangue e você não sabe

Tá rezando agora, mas agora é muito tarde

O assunto é coragem e cê é covarde

Uma unanimidade, vou falar a ti

Sinta bem o peso dessa cruz

Cheiro de morte é o que traduz

Tá rodeado de urubus

Não vai ser perdoado, não, como não foi Jesus

Das vezes que um susto acorda, as almas insones

O que era sonho, hoje olhos vivos, câmeras, drones

Do tronco ao Trump, tudo sobre o manto

E no amor a mando de Deus

E agrada os deuses em homens

O silêncio só cabe na boca de quem não tem nada pra dizer

Se posiciona na rede, mas, na vida real, fica sempre a dever

Revida, revida, ninguém quer ficar nesse mar à deriva

Revida, revida, ninguém quer ficar nesse mar à deriva

Vai

Vai

Ei, vai, vai, vai

Ei, ei, vai, vai

Vai

Vai, vai, vai

Ei, ei

Escolha sua arma e desce pra arena

Traga uma navalha, mas que valha muito a pena

Somos causa e o efeito do problema

Você blasfema, colocamos algema

Olhe ao redor que é muito pior

Somos milhões e milhões, ainda vivem só

Do que adianta ser um faraó, ó

Se vai voltar a ser pó só

Vale o presente inteiro aparente

Batendo de frente em todo caos vigente

O grito é urgente

Acabou que são tantos instantes distantes, minutos pensantes

Bandeiras e gritos, protestos, delitos e poucos levantes

Vai

Ei, vai, vai, vai

Ei, ei, vai, vai

Vai

Vai, vai, vai

Ei, ei, ei

Vai em direção ao nosso precipício

Se socorrer no Vale do Silício

Sonhar com seu presente natalício

Assinar um contrato vitalício

Multiplicar só o seu melhor

Individualidade, número maior

Ter a personalidade ignorante mor

Sem uma gota de suor, só

Vai

Ei, vai, vai, vai

Ei, ei, vai, vai

Vai

Vai, vai, vai

Ei, ei