Samba em Repúdio

Repudio veementemente

O que andam dizendo contra mim

São acusações inconsistentes, inconsequentes

Querem ver meu fim

Basta de alegações espúrias

Dessas injúrias

Fábulas de botequim

Basta de alegações espúrias

Dessas injúrias

Fábulas de botequim

Quem tem telhado de vidro

Não joga pedra no alheio

Fofoca, bizu, mexerico, boato, fuxico

É sempre um prato cheio

A delação premiada

É feito uma estrada, mão e contramão

Saiba você que a lei pune

A calúnia, a injúria e a difamação

Repudio

Repudio veementemente

O que andam dizendo contra mim

São acusações inconsistentes, inconsequentes

Querem ver meu fim

Basta de alegações espúrias

Dessas injúrias

Fábulas de botequim

Basta de alegações espúrias

Dessas injúrias

Fábulas de botequim

Tava no bar do Nozinho

Num canto sozinho e ouvi um caô

Dizendo que Alberto Lonato

Espalhou um boato, estarrecedor

Falei com Chico Santana

Parceiro bacana

Que me aconselhou: “Repudia essa notícia

E manda a polícia, apurar com rigor”

Repudio

Repudio veementemente

O que andam dizendo contra mim

São acusações inconsistentes, inconsequentes

Querem ver meu fim

Basta de alegações espúrias

Dessas injúrias

Fábulas de botequim

Basta de alegações espúrias

Dessas injúrias

Fábulas de botequim

Cheio de instintos sinistros

Um tal de Evaristo, quis me incriminar

Dizendo que este samba é plágio

E que eu paguei pedágio, pra poder gravar

Repudio com veemência

A maledicência de quem me acusou

Sou sambista, sou artista

Não sou vigarista, sou compositor