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Melancholie Der Engel
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크레딧

실연 아티스트
J.P Schwenck
J.P Schwenck
실연자
작곡 및 작사
J.P Schwenck
J.P Schwenck
작곡가
Jorge Amado
Jorge Amado
작곡가
프로덕션 및 엔지니어링
J.P Schwenck
J.P Schwenck
프로듀서

가사

Três mil bom dias desaparecendo Você enxerga o contraste e nada fala Essas navalhas não mais cegam Nem os prédios lhe engolem mais. Foi descendo junto com seus engasgos Rebobinando os amargos Quando as mariposas repousarem no seu corpo. Verás que o medo sempre esteve dentro de si. Tropeçando na idealização da fama O século não mais parece pleno Nos neanderthais intra-terrenos Três mil e um dias desaparecendo. "Já viste um loiro trigal balançando ao vento? É das coisas mais belas do mundo, Mas os hitleristas e seus cães danados destruíram os trigais E os povos morrem de fome. Como falar, então, da beleza, Dessa beleza simples e pura Da farinha e do pão, Da água da fonte, Do céu azul, Do teu rosto na tarde? Não posso falar dessas coisas de todos os dias, Dessas alegrias de todos os instantes. Porque elas estão perigando, Todas elas, Os trigais e o pão, A farinha e a água, O céu, o mar e teu rosto. Contra tudo que é a beleza cotidiana do homem, O nazifascismo se levantou, Monstro medieval de torpe visão, De ávido apetite assassino. Outros que falem, se quiserem, Das árvores nas tardes agrestes, Das rosas em coloridos variados, Das flores simples E dos versos mais belos e mais tristes. Outros que falem as grandes palavras de amor para a bem-amada, Outros que digam dos crepúsculos e das noites de estrelas. Não tenho palavras, Não tenho frases, Vejo as árvores, os pássaros e a tarde, Vejo teus olhos, Vejo o crepúsculo bordando a cidade. Mas sobre todos esses quadros Bóiam cadáveres de crianças que os nazis mataram, Ao canto dos pássaros se mesclam os gritos Dos velhos torturados nos campos de concentração, Nos crepúsculos se fundem madrugadas de reféns fuzilados. E, quando a paisagem lembra o campo, O que eu vejo são os trigais destruídos Ao passo das bestas hitleristas, Os trigais que alimentavam antes as populações livres. Sobre toda a beleza paira a sombra da escravidão. É como uma nuvem inesperada num céu azul e límpido. Como então encontrar palavras inocentes, Doces palavras cariciosas, versos suaves e tristes? Perdi o sentido destas palavras, destas frases, Elas me soam como uma traição neste momento. Mas sei todas as palavras de ódio, Do ódio mais profundo e mais mortal. Eles matam crianças E essa é a sua maneira de brincar o mais inocente dos brinquedos. Eles desonram a beleza das mulheres nos leitos imundos E essa é a sua maneira mais romântica de amar. Eles torturam os homens nos campos de concentração E essa é a sua maneira mais simples de construir o mundo. Eles invadiram as pátrias, escravizaram os povos, E esse é o ideal que levam no coração de lama. Como então ficar de olhos fechados para tudo isto e falar, Com as palavras de sempre, com as frases de ontem, Sobre a paisagem e os pássaros, a tarde e os teus olhos? É impossível porque os monstros estão sobre o mundo Soltos e vorazes, a boca escorrendo sangue, Os olhos amarelos, na ambição de escravizar. Os monstros pardos, os monstros negros E os monstros verdes. Mas eu sei todas as palavras de ódio e essas, sim, Têm um significado neste momento. Houve um dia em que eu falei do amor E encontrei para ele os mais doces vocábulos, As frases mais trabalhadas. Hoje só o ódio pode fazer com que o amor perdure sobre o mundo. Só o ódio ao fascismo, mas um ódio mortal, Um ódio sem perdão, Um ódio que venha do coração E que nos tome todo, Que se faça dono de todas as nossas palavras, Que nos impeça de ver qualquer espetáculo – Desde o crepúsculo aos olhos da amada – Sem que junto a ele vejamos o perigo que os cerca. Jamais as tardes seriam doces E jamais as madrugadas seriam de esperança. Jamais os livros diriam coisas belas, Nunca mais seria escrito um verso de amor. Sobre toda a beleza do mundo, Sobre a farinha e o pão, sobre a pura água da fonte e sobre o mar, Sobre teus olhos também, Se debruçaria a desonra que é o nazifascismo, Se eles tivessem conseguido dominar o mundo. Não restaria nenhuma parcela de beleza, a mais mínima. Amanhã saberei de novo palavras doces e frases cariciosas. Hoje só sei palavras de ódio, palavras de morte. Não encontrarás um cravo ou uma rosa, uma flor na minha literatura. Mas encontrarás um punhal ou um fuzil, Encontrarás uma arma contra os inimigos da beleza, Contra aqueles que amam as trevas e a desgraça, A lama e os esgotos, Contra esses restos de podridão Que sonharam esmagar a poesia, o amor e a liberdade!" Pois é alvorada e sempre será Eles continuarão engatinhando pelo solo Cuspindo nas permaculturas Queimando as telecélulas. O espinho arranha esse céu azulado E a ferida infecciona a nação Já era-se o tempo de imagem e beleza Hoje cai a mão gangrenada do poderio. Os ratos vem trazendo o ódio de cada dia Ilumina-se a selva robótica Sejamos filhos dos que morreram pelo passado Vivemos cegos na sociedade parabólica.
Writer(s): J.p Schwenck, Jorge Amado Lyrics powered by www.musixmatch.com
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