CONVERSAR COM O MAR

Eu quero conversar com o mar Ouvir a onda me dizer Aonde é que eu preciso chegar Se eu quiser me encontrar com você E antes que eu saísse de lá Bem que você podia aparecer, né? Eu tenho duas pranchas pra surfar Já imaginou como isso ia ser bom? Aaaaaah... Quando eu era pequena A minha vó ficava sentada na sala Naquela cadeira de balanço enquanto O bairro balançava Ao som da quebradeira Eu subia e descia as ladeiras do bairro E quando amanhecia era uma poesia O sol nasce de frente pra a lage E ali que era o auge , o auge das brisa que eu tinha A ventania trás com ela uma energia Com ela o perfume da minha tia Gina Pudim de tapioca fresquinho Vendido no portão daquela casa vizinha Mais tarde abará , acarajé, caruru, E o picolé da capelinha A vida é tão bonita O caminhão de gás sempre tocava Aquela melodia Preciso ver se ainda é a mesma hoje em dia Saudade da vibe que isso me trazia Mano , isso que é vida Não que eu não goste da ideia de um dia ficar rica E dar uma melhor condição Pra todas as pessoas da minha família Mas tudo do jeito que era, Era perfeitamente completo e eu agradecia Toda vez que eu pude ir a Bahia Encontrar a essência Que corre no meu sangue E se expande Perante a minha flotilha Eu faço um convite Visite quem não tem Intenção de roubar sua brisa Respeito na essência De de quem compartilha Pra quem aprecia Minha correria Independentemente de qual for a via Eu quero conversar com o mar Ouvir a onda me dizer Aonde é que eu preciso chegar Se eu quiser me encontrar com você E antes que eu saísse de lá Bem que você podia aparecer, né? Eu tenho duas pranchas pra surfar Já imaginou como isso ia ser bom? Aaaaaaahh aaaaaai...