Aigul Akhmetshina: solitude
Playlist - 21 Songs
A ascensão de Aigul Akhmetshina ao estrelato foi surpreendentemente rápida. A mezzo-soprano russa, natural de uma pequena aldeia na República de Bascortostão, é hoje uma das artistas mais requisitadas nas principais casas de ópera do mundo, o que se reflete em sua agenda de viagens incessantes. Embora claramente se nutra da energia de fazer música com os outros, ela precisa recarregar suas forças com momentos de retiro solitário. "Como alguém geralmente muito ativa", conta ela ao Apple Music Classical, "preciso desses momentos de tranquilidade, especialmente após concluir um grande projeto." A playlist de Akhmetshina oferece ao ouvinte o espaço para refletir sobre o poder da música de limpar a mente e abrir o coração. "Em Solitude, reúno músicas que me ajudam a encontrar paz e calma", diz ela. "É a minha forma de convidar você a respirar, pensar e apreciar o mundo ao seu redor. Quero que as pessoas encontrem seus próprios momentos de serenidade, abracem o silêncio e deixem a música ajudá-las a se compreenderem melhor." Sua seleção musical traz uma combinação de profunda quietude e emoções intensas. Solitude começa com a performance arrebatadora de Jacqueline du Pré no Concerto para Violoncelo de Elgar - inquietante e, ao mesmo tempo, reconfortante. "Esta peça ressoa com os sentimentos de perda e saudade", observa Akhmetshina. "Suas melodias ricas e expressivas me permitem mergulhar nas minhas emoções e refletir sobre minhas experiências. Ouvi-la é como um abraço reconfortante nos momentos de solidão." Após despertar emoções intensas com Wagner e mais Elgar, Solitude dá uma pausa profunda com o atemporal Adagio de Barber. "Essa composição é uma bela expressão de tristeza e esperança", reflete ela. "Escolhi essa peça porque suas melodias suaves, mas poderosas, me lembram que é natural sentir e processar emoções difíceis. Ela cria uma atmosfera serena e permite me conectar com meu eu interior." Emoções catárticas fluem na performance de Akhmetshina da ária "Va! Laisse couler mes larmes" (em português, "Vai! Deixe minhas lágrimas fluírem"), da ópera Werther, de Massenet. "Esta ária fala diretamente ao coração da saudade e da vulnerabilidade", observa ela. "Captura a essência da emoção humana e o delicado equilíbrio entre alegria e tristeza. Ela me permite compartilhar a minha própria jornada, criando uma conexão com aqueles que também vivenciaram sentimentos semelhantes."
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