Letra

Parava no café quando eu lá estava Na voz tinha o talento dos pedintes Entre um cigarro e outro lá cravava A bica, ao melhor dos seus ouvintes As mãos e o olhar da mesma cor Cinzenta como a roupa que trazia Um gesto que podia ser de amor Sorria, e ao partir agradecia São os loucos de Lisboa Que nos fazem duvidar Que a Terra gira ao contrário E os rios nascem no mar Um dia numa sala do quarteto Passou um filme lá do hospital Onde o esquecido filmado no gueto Entrava como artista principal Compramos a entrada p'ra sessão Pra ver tal personagem no écran O rosto maltratado era a razão De ele não aparecer pela manhã São os loucos de Lisboa Que nos fazem duvidar Que a Terra gira ao contrário E os rios nascem no mar Mudamos muita vez de calendário Como o café mudou de freguesia Deixamos de tributo a quem lá pára Um louco a fazer-lhe companhia E sempre a mesma posse o mesmo olhar De quem não mede os dias que vagueam Sentado la continua a cravar Beijinhos as meninas que passeiam São os loucos de Lisboa Que nos fazem duvidar Que a Terra gira ao contrário E os rios nascem no mar São os loucos de Lisboa Que nos fazem duvidar Que a Terra gira ao contrário E os rios nascem no mar
Writer(s): Joao Manuel Gil Lopes, Joao Monge Lyrics powered by www.musixmatch.com
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