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Создатели

ИСПОЛНИТЕЛИ
Carlinhos Brown
Carlinhos Brown
Исполнитель
Caetano Veloso
Caetano Veloso
Вокал
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Исполнитель
Jaques Morelenbaum
Jaques Morelenbaum
Музыкальный директор
МУЗЫКА И СЛОВА
Antonio Castro Alves
Antonio Castro Alves
Композитор
ПРОДЮСЕРЫ И ЗВУКОРЕЖИССЕРЫ
Caetano Veloso
Caetano Veloso
Продюсер
Jaques Morelenbaum
Jaques Morelenbaum
Продюсер

Слова

'Stamos em pleno mar Era um sonho dantesco o tombadilho Que das luzernas avermelha o brilho Em sangue a se banhar Tinir de ferros estalar do açoite Legiões de homens negros como a noite Horrendos a dançar Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães Outras, moças, mas nuas, espantadas No turbilhão de espectros arrastadas Em ânsia e mágoa vãs E ri-se a orquestra, irônica, estridente E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais Se o velho arqueja se no chão resvala Ouvem-se gritos o chicote estala E voam mais e mais... Presa dos elos de uma só cadeia A multidão faminta cambaleia E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece Outro, que de martírios embrutece Cantando, geme e ri! (Que navio é esse...) No entanto o capitão manda a manobra (...que chegou...) E após, fitando o céu que se desdobra (...agora?) Tão puro sobre o mar (Meu navio negreiro...) Diz do fumo entre os densos nevoeiros "Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais dançar!" E ri-se a orquestra irônica, estridente E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais! Qual num sonho dantesco as sombras voam Gritos, ais, maldições, preces ressoam! E ri-se Satanaz! (Que navio é esse...) Senhor Deus dos desgraçados! (...que chegou agora?) Dizei-me vós, Senhor Deus! (Meu navio negreiro...) Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão? Astros, noite, tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! Quem são estes desgraçados Que não encontram em vós Mais que o rir calmo da turba Que excita a fúria do algoz? Quem são, se a estrela se cala? Se a vaga à pressa resvala Como um cúmplice fugaz Perante a noite confusa Dize-o tu, severa musa Musa libérrima, audaz! São os filhos do deserto Onde a terra esposa a luz Onde voa em campo aberto A tribo dos homens nus São os guerreiros ousados Que com os tigres mosqueados Combatem na solidão... Homens simples, fortes, bravos Hoje míseros escravos Sem ar, sem luz, sem razão... São mulheres desgraçadas Como Agar o foi também Que sedentas, alquebradas De longe... bem longe vêm... Trazendo com tíbios passos Filhos e algemas nos braços N'alma lágrimas e fel Como Agar sofrendo tanto Que nem o leite do pranto Têm que dar para Ismael Lá nas areias infindas Das palmeiras no país Nasceram crianças lindas Viveram moças gentis Passa um dia a caravana Quando a virgem na cabana Cisma das noites nos véus Adeus! ó choça do monte! Adeus palmeiras da fonte! Adeus amores, adeus! (Que navio é esse...) Senhor Deus dos desgraçados! (...que chegou agora?) Dizei-me vós, Senhor Deus! (É o navio...) Se eu deliro... ou se é verdade (...negreiro) Tanto horror perante os céus Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão? Astros! noite! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! E existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia e covardia! E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria! Meu Deus! Meu Deus, mas que bandeira é esta Que impudente na gávea tripudia?! Silêncio, Musa! Chora, chora tanto Que o pavilhão se lave no seu pranto Auriverde pendão de minha terra Que a brisa do Brasil beija e balança Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança Tu, que da liberdade após a guerra Foste hasteado dos heróis na lança Antes te houvessem roto na batalha Que servires a um povo de mortalha! (Que navio é esse...) Fatalidade atroz que a mente esmaga! Extingue nesta hora o brigue imundo O trilho que Colombo abriu na vaga Como um íris no pélago profundo! Mas é infâmia demais da etérea plaga Levantai-vos, heróis do Novo Mundo Andrada! Arranca este pendão dos ares! Colombo! Fecha a porta de teus mares! Que a brisa do Brasil vem devagar assim (Que a brisa do Brasil vem devagar assim) (Que a brisa do Brasil vem devagar assim) (Que a brisa do Brasil...)
Writer(s): Antonio Castro Alves Lyrics powered by www.musixmatch.com
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