Viva o Presente

Ficha técnica:

Composição: Crusta

Instrumental: Raul Ronde

Mixagem e masterização: A&R Studio

Foto capa: RapinVale

Foto contracapa: Luiz Eduardo

Foto bônus: Luiz Eduardo

Arte: Raul Ronde

Todas as faixas foram captadas em 2017 pela unidade móvel Stereo Sounds, exceto a faixa “07. Metas cotidianas” captada em 2016 pela RapinVale e a faixa “03. Perspicaz” captada na unidade da A&R Studio.

Letra:

Agradeça por mais um dia

Viva o presente

Mesmo sem nexo, não cesso

longe de seu preço

Trabalho árduo dentre fardos

E nem na prece cê faz um terço do esperado

Muito suor depositado para recuar

Sem hesitar vou adiante

no fronte, 012

com sagacidade para não me atrasar

Acredite, não é doce

Filho da minha mãe

e não mais um que a cegonha trouxe

Se fosse, ai de mim

Bate a cabeça e cai do abismo sem fim

Somando na estatística

Mais um cidadão comum

com seus direitos trabalhistas

Talvez a espera do fundo de garantia

Ou mais um na jaula com as asas cortadas

Longe da aula e sem a carteira assinada

De muitas feiras vividas

e muita fita rebobinada

Muito não deu em nada

Negativo só no saldo,

vivendo sem medo e do meu modo

sem precisar de respaldo

Menos um encostado

Distante de encosto

Afirmado no meu esforço

Para os meu é pra quem torço

Agradeço e peço

que Deus ilumine cada passo

Meço o cético a espera do inédito

Sábio, otário ou mágico

A quem se fez presente todo crédito

Mudando um final trágico

Frio, lógico

Mínima bate, coração pulsa

e o sentimento arde

13° ao léu que açoita

Até parece tarde pra mudar alguma coisa

Mas a alma não aceita

E os céus o homem insulta

Desacreditado na calçada

Sina injusta maltrata

Café com leite é a nata

A cana mata toda mágoa

E afoga a vida sem trégua

Peito arde a cada gole de água

E a cada trago na lata

Mais louco a cada légua

Um paranoico na névoa

Madruga garoa, indiferença ecoa

Próprio descaso acusa

Não saia no frio sem blusa

Nem teste o medo que abusa

Vira pedra sem medusa

Com a mente confusa

Sabes o quanto pesa

muito mais que a reza, tio

Então acende o incenso e a vela

Esquece o trauma, traz a calma

E ainda penso nela

sem descrevê-la

Talvez um dia novamente eu possa tê-la

Ou cair na sua telha de paraquedas

Ou por acaso como um gato no telhado

no sapato e sempre evitando quedas

Talvez amor e saudade

ou apenas pouca idade e maturidade

Tanta beleza mas agora é tarde

e a tristeza sempre se despede

Mostrando o que a liberdade nos concede

Uma hora a tristeza se despede

veja o que a liberdade nos concede