Credits
PERFORMING ARTISTS
Marcelo D2
Performer
COMPOSITION & LYRICS
Marcelo D2
Songwriter
Nave
Songwriter
Lyrics
Esta é a histórias do mulato brasileiro
Da malandragem aqui do Rio de Janeiro
Preste atenção no nosso conto
Vê se não dorme no ponto
Pra história que eu vou contar primeiro
Eu busco nos mais velhos
Dos terreiros e tambores
Que assim fico mais forte
Enfrento medos e minhas dores
No mundo de dinheiro
Não se tem mais valores
Nos separam por classe
Cores, escravos e senhores, é
Conquistar o meu espaço
Eu olho pro futuro
Sem esquecer o passado
E se rebaixam assim mesmo
Que é serem elevado
Nos querem de humildes
Para sermos humilhados
A rua cobra e como cobra
Mas ajudar que é bom
Ninguém ajuda é foda
Tu gosta de dinheiro, né?
Carro importado
Pulseira de área VIP
E uma puta do lado
Eu vou é de Ciata
Velha guarda da Portela
Falo de João do Vale
De Zé Keti e Manacéia
Falo de coisas simples
Falo do meu lugar
Eu falo do meu povo
E da cultura popular
Vai vendo
É que eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Eu sigo o movimento
Que pra mim é natural
De quê? De quê?
De resistência cultural
Eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Eu sigo o movimento
Que pra mim é natural
Natural
De resistência cultural
O bicho pega mesmo
É aqui na selva de pedra
Tipo o lixo deles
Abraçou? Já era
Te tornam militante
Com medo de militares
Cagando a ideologia
E joga a ética pros ares
Sou moleque sinistro
Entrego meu suor
Pelo o que eu tenho visto
Só vai de mal a pior
A paciência é curta
A ignorância é tanta
Cê até mata um leão
Mas não foge das antas
A rua cobra, e como cobra
Mas ajudar, que é bom
Ninguém ajuda, é foda
Nas ruas desse mundo
Eu só quero andar
Toda vez que eu dou um passo
O mundo sai do lugar
Buscar na sua própria vida
A matéria prima
Eu posso até cair
Mas dou a volta por cima
Com a chama na lenha
Eu me inflamo e ne consumo
O que eu toco vira luxo
Deixo o carvão em fumo
E canto
Eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Eu sigo o movimento
Que pra mim é natural
De quê, Gil?
De resistência cultural
Eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Eu sigo o movimento
Que pra mim é natural
De resistência cultural
Não diga
Ai, do bem querer
(Hey, hey, hey, hey, hey)
(Ia-iê, ia-iê, ia-iê)
(Resistência cultural)
E aí, lembra de mim
Ô, não lembro não, parceiro
Primo do Maitó, tá ligado não?
Bagulho é sair pra roubar
Esses filhos da puta, irmão
Encher a cara deles de tiro, mano
Pode não, mano
Que eu te falo isso, meu irmão
Estressadão cara
É isso que eles quer de nós
Tá ligado?
Nóis tem que quebrar eles diferente
Nóis tem que fazer arte
Fuma aí, ó
Tá ligado
Já era então
Vou roubar e vou dar dinheiro
Pra tu virar artista desta porra
Written by: Marcelo D2, Nave