Padam Padam

Batida que não me abandona Pesada, tu vem boladona Tu vem da quebrada que eu sei Serrinha, tambores de lei Um dia, a batida me pira Então, sem me arrepender Me agarro na pomba que gira E varro até fazer valer Ninguém foge de você Padam, padam, padam, e pare de me perseguir Padam, padam, padam, te encaro até você vir Padam, padam, padam, queria poder não te ouvir Vai, tenta correr, mas não tem onde ir, a batida não deixa fugir Me prendo na sua pressão E lembro que não é em vão Que eu rodo só, no seu compasso E junto comigo mil braços Eu vejo daqui quem sobrou Aos vinte, seguia o batidão Se antes, o bonde formou Agora tremeu o chão Eu levantei, mão sobre mão Padam, padam, padam, não aponta o dedo pra mim Padam, padam, padam, sou pedra que come teu rim Padam, padam, padam, sou vício quando eu tô afim No teu precipício até finjo cair de umbigada, vou te conduzir Padam, padam, padam, e escute o perigo que traz Padam, padam, padam, meu rito, te abala demais Padam, padam, padam, e chora se não for capaz A batida pesada sai do paredão, e congela o teu coração Adaptation originale de Nicola Són, Igor Ribeiro, Daniel Montes et Paola Cristina de Padam Padam