Origens Parte 2

Edi roubando a cena Eu venho na batida, minha bandida zica do meu tema Nóis é pesado, nóis vem brabo, nóis vem da raiz Nóis veio dos palco, das quebrada, nossa diretriz DNA de negro drama, vim do jaçanã Sou o trem das onze, moro longe, chego de manhã Nove meu clã, meu divã, mente sã, minha vilã Minha cristã, meu islã e o meu Deus tupã Ahan ahan, minha palavra é um trilho Na carga, esperança, sentimentos que eu compartilho Se descarrilho, andarilho, mano sou cigano Mundo acabando e Carmina Burana tocando Nóis é o pano, a corrente, nóis é a caranga Nóis é a cartola, carta e o pente guardado na manga Vi uma miçanga, uma figa, uma arruda, uma muda Uma bala na agulha, amigo não se iluda Falsos profetas vão guardando de um em um milhão E você na fila do auxílio aguardando ilusão Quanto mais pobre, mais o risco, mais que tem se corre Quanto mais gueto, mais se fode, mais os preto morre Quanto mais alto, mais o topo, maior é a queda Quanto mais sujo, mais esgoto, mais cheiro de merda Todos em busca da moeda Cobra cega, carrega, vai Marcha soldado, sei que a sua luta continua Dia de preto e logo cedo sei quem tá na rua Tá no busão, tá na van, tá no trem lotado Tá acorrentado desde quando ainda era escravo Tá no balcão, no centrão, tá lá no farol Em cima da cg, na cb, na chuva e no Sol Seguindo mesmo ritual, parcial, crucial No recall, que tal? Se você quer a liberdade, diz: o que é ser livre? Se você quer a liberdade, diz: o que cê pensa? Pra mim ser livre é estar aonde nunca estive Pra mim ser livre é não ter que ter uma sentença Ser livre é correr atrás da sua recompensa Ser livre é possuir a calma e a paciência Ser livre é curtir onde o Sol se pôs Ser livre é ouvir Origens parte dois