O Homem do São Francisco

Quem lançar seu olhar sore as águas do meu São Francisco

Bem verá sobre ondas tranquilas um barco a vagar

Leva um homem que tem a sua pele bastante curtida

Pelo sol e também pelo vento daquele lugar

O seu barco, seu remo e sua rede são seus três amigos

Quando juntos se empenham na luta em busca do pão

Mas, às vezes, o vento, a chuva que surge tão forte

Faz dos três uma gigante cruz que lhes pesa nas mãos

Navegante, o vagar pelas águas te deu braços fortes

Uma crença, mil lendas e voz para sempre cantar

Todas cores brilhantes do rio com o sol ao nascente

Ou a triste lembrança que às vezes te nubla o olhar

Quantas vezes, em noites bem claras, do alto as estrelas

Contemplaram o homem fazendo da praia seu leito?

Quantas vezes o pingo da chuva cobriram seu rosto

Ocultando o pranto nascido de coisas do peito?

Certa vez o cansaço envolveu sua mente e seu corpo

Resolveu esquecer sua vida de navegador

Mas, o sangue que corre nas veias do bom pescador

Não achou ambiente igual e o homem voltou

Navegante, o vagar pelas águas te deu braços fortes

Uma crença, mil lendas e voz para sempre cantar

Todas cores brilhantes do rio com o sol ao nascente

Ou a triste lembrança que às vezes te nubla o olhar

Certa vez o cansaço envolveu sua mente e seu corpo

Resolveu esquecer sua vida de navegador

Mas, o sangue que corre nas veias do bom pescador

Não achou ambiente igual e o homem voltou

Navegante, o vagar pelas águas te deu braços fortes

Uma crença, mil lendas e voz para sempre cantar

Todas cores brilhantes do rio com o sol ao nascente

Ou a triste lembrança que às vezes te nubla o olhar