Direito de Fala

Direito de Fala

Pedindo licença na sala

Vestindo meus trajes de gala

Há anos que tentam nos calar

Meu povo tá sempre nas vala

Contando os dias e as hora

As vozes que você ignora

Os sonhos que você devora

Depois não adianta vir implorar

Acha que sempre me apavora

Esses são medos de outrora

Hoje você diz que me adora

Mostrar quem tu é pode piorar

Fogo na sua senzala, pele branca não é a prova de bala.

Meu direito de fala ninguém abala, pediu? Então toma, “vuala”

Não é porque você disse que é lei

Meu caminho eu faço por isso eu sei

Revolta não cala, meu direito de fala

Revolucionária, tarda mais não falha

Não é porque você disse que é lei

Meu caminho eu faço por isso eu sei

Revolta não cala, meu direito de fala

Revolucionária, tarda mais não falha

O presente tal qual o passado açoite, pelourinho novo é a calada da noite

Uma linha do tempo inabalável, inabala é o véu sobre a pele cor da noite.

Rasga, mata e o corpo cala, para sua desgraça as ideias não abalam.

Como Panteras, da nova era. Nossos profetas como Mandela e Mariguella.

Senhor de Engenho,

Cada metro de terra, nosso sangue sagrado, quantos litros tem?

O dever de ouvir o direito de fala, mete a cara juntando o que vem.

Olha para o lado não enxerga ninguém todo cuidado, inimigos surgem.

Comigo perigo onde faço abrigo aprendi amigo consigo também.

Referências lembranças trazem atitude e ideias casem,

Com as diferenças todas as influências que essas fitas fazem.

Irmão não foi só uma fase brou, sou Massao mas não sou Kamikaze

Ao vivo, meu show disparo de Flow na base Uterço largando a frase Joe!

Não é porque você disse que é lei

Meu caminho eu faço por isso eu sei

Revolta não cala, meu direito de fala

Revolucionária, tarda mais não falha

Não é porque você disse que é lei

Meu caminho eu faço por isso eu sei

Revolta não cala, meu direito de fala

Revolucionária, tarda mais não falha