Era de ouro

Ouros

Na natureza os primeiros rebentos são ouros.

Ouros

Que derretemos pra estátuas de touros.

Ouros

Fomos às urnas e a Borja pôr Cristo em restauros.

Ouros

Venha Thanatos pra acabar com Eros.

Carga de ombro magnetizado,

Vai milícia; vou terraplanado

Em nome do Bem.

Ouros!

O mundo está sem luz. A terra não tem sal.

Não sou dos Blur, eu sinto-me é vil metal.

Ouros!

Tira o colchão, enterra o ouro no quintal.

São pechisbeques com valor sentimental.

Ouros

É o naipe da reconquista aos meigos e aos mouros.

Ouros

Quer nas latrinas, quer nos bebedouros.

Ouros

Na dentição dos ungidos reis tiranossauros.

Ouros

Ontem ladrilhos no céu, hoje muros.

Se a verdade é o que mais liberta,

É bem verdade que a verdade entorta

Em nome do Bem.

Ouros!

O mundo está sem luz. A terra não tem sal.

Não sou dos Blur, eu sinto-me é vil metal.

Ouros!

Tira o colchão, enterra o ouro no quintal.

São pechisbeques com valor sentimental.

A pirite vale mais que a glória

De estar certo pra forjar a História

Em nome do Bem.