os astros sabiam de tudo

Vivo como um foguetão que não aterra em qualquer planeta

Cuspo fogo em forma de poesia e transcrevo pela caneta

Sempre que sinto a energia do cosmos presente em qualquer cometa

E que gravito nos teus jogos que vão além de radiações ultravioleta

Os astros sabiam de tudo

Sabiam que havia um fim

Sabiam que sobretudo

Eu te queria perto de mim

E as estrelas não me avisaram

Que com o passar do vento

Ia ficar preso ao relento

A contemplar o céu da via Láctea

O quanto a minha queda era alta

Em qualquer ponto desta galáxia

Pego nas lembranças e guardo-as num armário

Nebulosas no céu enevoado fechadas num diário

Manchas no cérebro agendadas a vermelho num lunário

Rejeito a ideia de ter um satélite geostacionário

Os astros sabiam de tudo

Sabiam que havia um fim

Sabiam que sobretudo

Eu te queria perto de mim

E as estrelas não me avisaram

Que com o passar do vento

Ia ficar preso ao relento

A contemplar o céu da via Láctea

O quanto a minha queda era alta

Em qualquer ponto desta galáxia

E a verdade é que os astros me alertaram

(Os astros sabiam de tudo)

(Sabiam que havia um fim)

Estrelas em supernovas se tornaram

Mas preferi perder os sentidos do que avariar o foguetão

(Sabiam que sobretudo)

Eu só não queria sair da linha e aterrar em plutão

(Um futuro contigo seria ruim)

E as estrelas não me avisaram

Que com o passar do vento

Ia ficar preso ao relento

A contemplar o céu da via Láctea

O quanto a minha queda era alta

Em qualquer ponto desta galáxia

Os astros sabiam de tudo

Sabiam que havia um fim

Sabiam que sobretudo

Eu te queria perto de mim