Krediler

PERFORMING ARTISTS
Maneva
Maneva
Performer
COMPOSITION & LYRICS
Tales de Polli
Tales de Polli
Songwriter

Şarkı sözleri

[Verse 1]
Louça na pia e o pensamento no amado
Sentiu a água nas mãos e um tremor leve nos lábios
Sensação de um frio que percorreu a sua espinha
Vida dele por um fio, sexto sentido sabia
Ela tentou o contato, mas ele não atendia
O desespero tomou conta e logo chegou a notícia
Perda irreparável que acabou com a família
Era dor e revolta só o que ela sentia
[Verse 2]
Ouviu um barulho surdo e pensou que era o fim
Sentiu cheiro de queimado no cabelo pixaim
Por um instante sua vida lhe passou como um raio
Divagou se acabou se ele viveu o necessário
[Verse 3]
Pensou na sua família e na mágoa que ficou
Nos pedidos de desculpas que pensou e não falou
E pensou na sua preta, nos momentos de alegria
Sentiu um beijo repousando na sua face, a despedida
[Verse 4]
Lembrou dos olhos de sol que iluminava sua vida
Lembrou do sorriso solto que ele nunca mais veria
A realidade agora deu lugar a um pesadelo
E a luta pela vida deu lugar ao desespero
[Verse 5]
Mas porque logo ele, sempre foi trabalhador
Não é culpado da miséria, situação do atirador
Engajado e envolvido em projetos sociais
Mesmo assim não foi poupado pelas mãos dos marginais
Tudo preto, o rancor se mistura com o medo
Guerra é guerra e sempre traz dor constante e sofrimento
[Verse 6]
Sentiu raiva, mas passou e pensou que era sua hora
Mas seu filho o esperava no portão de uma escola
Dos jornais sensacionalistas já virou notícia
Pro governo virou número, aumentou a estatística
[Verse 7]
O que se fazer
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu mata você
[Verse 8]
O que se fazer
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu mata você
[Verse 9]
Carro sem roda, pião e uma pipa rasgada
No seu barraco era esse o lazer da criançada
Muitas vezes já jurou que ele não roubaria
Mas a falta de feijão orquestrava o choro da filha
[Verse 10]
Era um bom coração, mas tinha vários pecados
Alguns furtos, coisa boba só pra adiantar um lado
Mas cansou de coisa pouca foi na ideia de um irmão
É só uma, duas horas e já é dinheiro na mão
[Verse 11]
É só por o cano na cara pra não esboçar reação
Depois só parar no banco, faz o saque com cartão
Um já fica com o refém na campana, sem dar guela
Depois só larga o patrício em algum beco da favela
[Verse 12]
Chegou a hora e o gelado do aço na barriga
O nervosismo se instala e se despede da filha
Reza um Pai Nosso em silêncio, clama à Nossa Senhora
Não deseja que uma bala seja o fim da sua história
[Verse 13]
O que se fazer
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu mata você
[Verse 14]
O que se fazer
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu mata você
[Verse 15]
No farol, carro parado, assalto anunciado
O motorista tentou a fuga, um tiro foi disparado
Atingiu o black power de um rapaz indefeso
É tremedeira nas mãos, na consciência um peso
[Verse 16]
Saiu correndo assustado, um bicho encurralado
Ele estava de costas quando ouviu os disparos
E caiu sem olhar pra trás já sem movimento
Só ouvia as sirenes e o barulho do vento
[Verse 17]
O coração apertado remói arrependimento
E já de olhos fechados ele sofre em silêncio
Pediu perdão, um devoto de Nossa Senhora
Largado no chão é chegada a sua hora
[Verse 18]
O que se fazer
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu mata você
[Verse 19]
O que se fazer
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu mata você
Written by: Tales de Polli
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