Marcha da Paridade

Na pobreza de não querer

O que o tempo atrás já viu

Tudo em mim é mais profundo

Por não querer fingir tensões

Sei que as minhas soluções

Não se criam sem aprumo

Mas se nada disto andar

Eu vou ter de me esforçar

P'ra trazer a voz do fundo

O que eu digo só se faz

Se eu não faço não traz

Tudo aquilo que eu procuro

O tempo urge

E eu nada sou

Tudo o que eu digo

Morre logo quando eu vou

Dizer que sinto, que sei gostar

Que as coisas boas também têm um lugar

Que eu encontrei mal tu chegaste

E o tempo urge

E tudo eu sou

Tudo o que eu digo

Tem princípio de onde eu estou

P'ra ser sozinha, ser mulher

Só que me tens e mesmo assim não me queres ter

E se ninguém nos quer ver

Já nem vale ser mulher

E parirmos todo o mundo

Somos tudo o que vão querer

Tudo o que te vão te dizer

É viver num contra rumo

Mas tu caíste e eu só te vi

No momento em que p'ra ti

O tempo era vagabundo

E fizeste-me entender

Que o amor não tem de ser

Só vivido num segundo

O tempo urge

E eu nada sou

Tudo o que eu digo

Morre logo quando eu vou

Dizer que sinto, que sei gostar

Que as coisas boas também têm um lugar

Que eu encontrei mal tu chegaste

E o tempo urge

E tudo eu sou

Tudo o que eu digo

Tem princípio de onde eu estou

P'ra ser sozinha, ser mulher

Só que me tens e mesmo assim não me queres ter

E o tempo urge

E eu nada sou

Tudo o que eu digo

Morre logo quando eu vou

Dizer que sim do que sei gostar

Que as coisas boas também têm um lugar

Que eu encontrei mal tu chegaste

E o tempo urge

E tudo eu sou

Tudo o que eu digo

Tem princípio de onde eu estou

P'ra ser sozinha e ser mulher

Só que me tens e mesmo assim não me queres ter