O Vislumbre (feat. Hexxx)

Sem grana sem grana sem grana até pro meu cigarro

Sem condição de encher o tanque do carro

Estagnado, inundado de questões

No xadrez eu jogo o jogo apenas com peões

Eu bato e apanho num jogo desequilibrado

Enquanto eu apanho procuro alguém que esteja ao lado

Não há ninguém

Não há alguém que me dê força

Só vejo a corda e o caminho para a forca

Acho que ouvi umas risadas

Mas mesmo assim nada irá parar minha caminhada

Carrego a culpa de todas as minhas frustrações

Ganho centavos enquanto eu sonho milhões

A felicidade custa

Na garagem um carro

Ou uma viagem para Aruba

Tempo livre pra ver os filhos

Entre um trabalho e outro, encontrar o equilíbrio

Então no caminho pra casa o tempo parou

Vi que naquela estrada meu pai, meu avô

Noites a fio acordados e isso nunca cessou

Permanecer esvaído, sem mundo, sem cor

Incrédulo

Penso em jardim morando em prédio

O tédio

Que é vendido em som estéreo

Por intermédio

Da propaganda vem do norte

Do hemisfério, caminham a sua própria sorte

Meu monastério

Eu me isolo e me fecho

Conto nos dedos quem adentra meu mundo secreto

Tento descobrir o que é ser bem sucedido

Morrer coberto em ouro ou viver e ser ouvido

Então me diz o que é ser próspero

Sua família unida ou achar um poço de petróleo

Não faço voto de pobreza

Sei da importância de se ver a mesa cheia

E muitos não estão vivendo

Prestem atenção ao que eu estou dizendo

Uns morrem de sede e outros morrem afogado

Finalmente eu descobri o que há de errado

Então no caminho pra casa o tempo parou

Vi que naquela estrada meu pai, meu avô

Noites a fio acordados e isso nunca cessou

Permanecer esvaído, sem mundo, sem cor

Então no caminho pra casa o tempo parou

Vi que naquela estrada meu pai, meu avô

Noites a fio acordados e isso nunca cessou

Permanecer esvaído, sem mundo, sem cor

Finalmente eu descobri o que há de errado

Finalmente! Finalmente

Finalmente eu descobri o que há de errado

Finalmente! Finalmente

Tentando descobrir como viver, eu não sei bem

Troco amores por centavos, eu me lamento também

Vendo o que não preço por aquilo que nada é

Tão pouco que só vale o papel, se houver

Tentando descobrir como viver, eu não sei bem

Troco amores por centavos, eu me lamento também

Vendo o que não preço por aquilo que nada é

Tão pouco que só vale o papel, se houver

E o amor que recebo, eu sujo com minha dor

O que fazer com isso, é difícil dar valor

Onde troco, onde vendo? Não sei bem como lidar

Tão rico mesmo tão pobre, como posso explicar?

E o amor que recebo, eu sujo com minha dor

O que fazer com isso, é difícil dar valor

Onde troco, onde vendo? Não sei bem como lidar

Tão rico mesmo tão pobre, como posso explicar?