積分
演出藝人
Rafael Schimidt
演出者
Jackson Antunes
誦讀
Rafael Schimidt Ribeiro
原聲吉他
詞曲
Rafael Schimidt
詞曲創作
Gilberto Lamasion
詞曲創作
Rafael Schimidt Ribeiro
編曲
製作與工程團隊
Rafael Schimidt
製作人
Gabriel Selvage
製作人
Fabio Barros
錄音師
Gabriel Nascimbeni
錄音師
Habacuque Lima
錄音師
Gustavo Cândido
混音師
Homero Lotito
母帶工程師
歌詞
Sabe seu moço...
De tudo eu faço um pouco,
Sei curar cachorro louco,
Sei benzer pra cobreiro,
Tenho bem pouco dinheiro
E de pouco dinheiro preciso,
Na verdade só tenho o sorriso
E esse violão companheiro
Sou caipira sim seu moço,
Parido e criado na roça,
Tenho a alma das carroça
Que vão pra cá e pra lá,
Plantei milho com saraquá,
Amansei burro veiaco
E pra por comida no prato
Maiei feijão com manguá
Eia... A saudade é farpa
Não era fácil seu moço,
Mas era bão sim sinhô
A lembrança amarga a dor
Nesse meu peito caipira,
Remexe, vira, revira
Uma saudade danada
Da infância fantasiada
De histórias do Curupira
Minha infância teve gosto
De queijo e de goiabada,
Uma infância abençoada
De rapadura e canjiquinha,
De prosa e ladainha,
Infância espinho no pé
Tinha cheirinho de café
escapando da cozinha
É a saudade é farpa
Mas a saudade que aperta
Esse meu peito caipira,
É a mesma que inspira
Eu e meu violão.
(Sabe desde quando seu moço?)
Desde quando escapou do coração
Meu primeiro verso rimado,
Depois de um beijo roubado
Em noite de São João
De lá pra cá seu moço,
Livre como o vento.
Eu...o retrato do Chico Bento
Das histórias em quadrinhos
Vôo feito um passarinho
Nesse mundão de meu Deus
E todo orgulho que eu tenho
De caipira brasileiro
De norte a sul ou no estrangeiro
O nosso jeito (de ser)
Nosso jeito de falar
Nosso jeito de sofrer
Nosso jeito de chorar
Nosso jeito de viver
Nosso jeito de cantar,
Ah, é coisa que eu vou levar
Até o dia de morrer
Cantar... gosto de cantar
Mas às vezes seu moço, sabe...
Quando a garganta da nó
E amarra a palavra no peito..
Toda poesia que invento
Faz o caminho contrário,
Faz um novo itinerário
Descendo na contramão
Voltando pro coração
Pra seu mundo imaginário
De lá (do coração), aí sim,
Sai pelos braços, pelos dedos,
Num caminho de mistério, de segredos,
Sem início, nem meio, nem fim.
Comigo costuma ser bem assim...
Quando a palavra anda pouca,
Quando não quer sair da boca
Meu violão, meu violão fala por mim.
Written by: Gilberto Lamasion, Rafael Schimidt