Eu Atropelei o Pai Natal

Na quadra natalícia Não como bolo rei Prefiro leite creme Mas juro que não sou gay Sou um homem a sério E como leitão assado Se não for muito tarde Se não fico agoniado Ia pela estrada Quando apareceu vindo do nada Um velho de roupa encarnada Virei o carro E dei-lhe uma traulitada Virou o carro E deu-lhe uma traulitada Vinha uma rena que correu para seu lado Seus olhos brilhavam Ao ver o seu dono estendido Parecia o Bambi do desenho animado Cortei-lhe a cabeça Com um machado afiado Ai os anões A rebolar aos trambolhães Pareciam ser milhões Afinal era só um ou dois Eu atropelei o pai natal Mas por pouco nem lhe acertava E tive de subir um passeio Para lhe dar Uma porrada mesmo em cheio Eu atropelei o pai natal Projetei-o pelo ar uns metros Há sempre algo que me anima Quando o natal se aproxima Ai o que é que eu fiz Se não o matei foi por um triz Talvez ele não tenha visto Quem é que o atropelou Talvez se levante e diga: ho, ho, ho Talvez se levante e diga: ho, ho, ho Agora o pai natal Já não desce pela chaminé Está de baixa à um ano Passa os dias no café Vamos ter que comprar Os nossos próprios presentes Também há o Jesus Mas isso é só para os crentes Ai o Jesus Que um dia nasceu em Belém Desveio-se em sangue na cruz Não pode entregar prendas a ninguém Eu atropelei o pai natal Mas por pouco nem lhe acertava E tive de subir num passeio Para lhe dar Uma porrada mesmo em cheio Eu atropelei o pai natal Projetei-o pelo ar uns metros Há sempre algo que me anima Quando o natal se aproxima Eu atropelei o pai natal Mas por pouco nem lhe acertava E tive de subir um passeio Para lhe dar Uma porrada mesmo em cheio Eu atropelei o pai natal Projetei-o pelo ar uns metros Há sempre algo que me anima Quando o natal se aproxima