Credits
PERFORMING ARTISTS
Sir Scratch
Performer
COMPOSITION & LYRICS
Benigno António
Songwriter
Lyrics
[Verse 1]
Isto aqui chama-se
A crise
[Verse 2]
Eles roubam o nosso dinheiro, porque
Em coisas que nem sequer, a gente, vê
Há pessoas de baixa
A pessoa tenta ir trabalhar, vê que não 'tá a conseguir trabalhar
Volta p'à baixa e, cada vez, tem a baixa mais baixa
Tchh
[Verse 3]
Yeah! Let's go! Oh!
[Verse 4]
Nunca foi fácil ter paca à vontade
Se o homem que me paga, dorme e caga num palácio
Da tuga até ao Brasil, o mínimo é o máximo
A dívida é o clássico, e o líder é um básico e mente
Basicamente, gama a malta quando falta grana
Só p'a ter um Audi de alta gama
Não fala do prejuízo e é preciso mostrá-lo
Só manda-me um postal de um paraíso fiscal
[Verse 5]
É a crise que imobiliza, que me põe vegetal
A droga é bola e novela, dá ao povo um estalo
Se tu és rico e vens de fora, faz um Corte Inglés
Se não és, vais a cafés ver o que o Sporting fez
Eu não suporto mais, os nossos pais, antes, tentavam
E, nos anos setenta, havia voz menos sentada
A gente 'tava confiante e gritava "Porra"
Não deixes que a palavra morra, palavra d'honra
[Verse 6]
Já não vos impeço mais
Eu já não vos peço mais
Agora dispenso, agora que eu penso, já não me disperso mais
Agora eu imponho, não vivo o teu sonho, eu faço o que eu quero
Se o tempo 'tá liso e o guito em crise, eu é que não espero
[Verse 7]
Já não vos impeço mais
Eu já não vos peço mais
Agora dispenso, agora que eu penso, já não me disperso mais
Agora eu imponho, não vivo o teu sonho, eu faço o que eu quero
Se o tempo 'tá liso e o guito em crise, eu é que não espero
[Verse 8]
O último a sair que feche a porta! (Espero)
Granalistas de fato e gravata
(Espero) Estão à solta com a nossa nota
(Espero) O último a sair que feche a porta!
[Verse 9]
(Por ti) Ya! E antes que a porta se feche
Sou eu que me queixo, sou eu que levanto o meu queixo
E janto o meu peixe
Nah, não vendo, não solto, não quero nem deixo
Que o bicho da fome seja o bispo que come, que papa, perdão
O bicho que come o Papão, que some com o talão
Com o fisco e o IVA, se é só metalão, viva!
Chutos e bicos
Mas pontapés p'à Hannah Montana e os Black Eyed Peas
Acudam, é Cristo! Afundem o barco!
Não sabes boiar nem rezar, azar!
Não há volta, só ida, por isso, se és anti-revolta, é a vida e a morte!
Que tens entre a espada da sorte, que nunca te espeta, esgrima-te só!
[Verse 10]
Cá, isto é, esquiva-te ou cais pela baixa até ao Cais do Sodré
Quais Dubais? Não vais, duvido
Aqui, os sinais são mais horizontais que V
Somos todo iguais, somos todos diferentes
Diferentes até demais, se der p'ò torto
Somos loucos, os tais, os que falam por muitos
Mas não falam por todos p'a dar o corpo
[Verse 11]
Já não vos impeço mais
Eu já não vos peço mais
Agora dispenso, agora que eu penso, já não me disperso mais
Agora eu imponho, não vivo o teu sonho, eu faço o que eu quero
Se o tempo 'tá liso e o guito em crise, eu é que não espero
[Verse 12]
Já não vos impeço mais
Eu já não vos peço mais
Agora dispenso, agora que eu penso, já não me disperso mais
Agora eu imponho, não vivo o teu sonho, eu faço o que eu quero
Se o tempo 'tá liso e o guito em crise, eu é que não espero
[Verse 13]
O barco afunda, salve-se quem puder
Reizinger trouxe a bênção mas aqui é um "Deus nos acuda"
Cega, surda e muda, ladeira abaixo desta nação
Saiu prà rua, gritou por ajuda, apontou o dedo à corrupção
Mas quem trouxe a solução? Foi o bicho Papão
Qual é o preço da revolução?
Sacrificar o pão e a paz de espírito
Pra gritar na rua "Basta!"
"Eu sou gente!"
"Eu não aguento mais isto!"
"Eu quero o meu futuro, insisto!"
Written by: Benigno António

