Lenda de um menino rei (Tributo a Angola)

Ele era de Lubango Não tinha mais que dezesseis Ela era de Luanda Filha do sargento Reis Tinha olhos tão brilhantes Um sorriso belo, branco de marfim Mas o pai um dia disse Esqueçe esse moço pra não ver o fim Mas o pai um dia disse Esqueçe esse moço pra não ver o fim Tinha ela prometido Pra esse moço o seu amor E numa Lua de Luanda A ele, ela se entregou Ele jurou para sempre Ser o seu destino na alegria ou dor E esse amor tão proibido Só perdeu segredo quando engravidou E esse amor tão proibido Só perdeu segredo quando engravidou Ô, uô-uô Só perdeu segredo quando engravidou Ô, uô-uô Só perdeu segredo quando engravidou No ventre dessa moça linda O rebento então cresceu Pra nascer faltavam dias Notícias ela recebeu Que em combate nas províncias O seu bem amado nunca mais se viu Disseram que foi pela pátria Foi tiro certeiro, bala de fuzil Disseram que foi pela pátria Foi tiro certeiro, bala de fuzil Num barco de um pescador O menino então nasceu Lá na ilha de Mussulo Sobre o mar azul e o olhar de Deus Quem sabe um dia esse menino Dessa terra linda, possa ser eu sei Dessa terra de Angola Que seu pai amava, possa ser um rei Dessa terra de Angola Que seu pai amava, possa ser um rei Ô, uô-uô Dessa terra amada possa ser um rei Ô, uô-uô Dessa terra amada possa ser um rei